quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Paulo Freire - Texto 1

Texto Pausa para pensar, retirado do Livro: Ação Cultural para a Liberdade e outros Escritos.


* O livro é uma coletânea de textos em que Paulo Freire reflete sobre a alfabetização, criticando a proposta simplificadora que se limita ao repetir mecânico de ideias alheias e à memorização de palavras e letras, condenando, também, o projeto educacional que a executa. Na concepção do autor, o processo de alfabetização deve permitir ao alfabetizando a compreensão do ato de ler, de estudar, ensinando-o a pensar a partir da realidade social que o cerca, estimulando, assim, a prática de um diálogo conscientizador e gerador de uma reflexão crítica e libertadora.


Dialogando. Pense nisso:

* Toda aprendizagem passa pelo ato de estudar.
* Estudar é basicamente aplicar a inteligência para aprender.
* Quando se exerce o ato de estudar a pessoa desenvolve diferentes funções psicológicas e operações mentais.
* A postura crítica de quem estuda implica no seu protagonismo como sujeito para marcar sua história com autenticidade de sua vida.
* A forma como se estuda representa a postura que se toma frente ao mundo.


Refletindo Freire:

* Estudar seriamente um texto é estudar o estudo de quem, estudando, o escreveu.
* Não se mede o estudo pelo número de páginas lidas numa noite ou pela quantidade de livros lidos num semestre.
* Estudar não é um ato de consumir ideias, mas de criá-las e recriá-las.


Aline Nepomuceno, Maria da Soledade e Renilda Assis.

Metodologia Científica



Prontas para o trabalho? Pois bem, ele irá começar, mãos a obra e sucesso!!!

Aulas de metodologia Científica previstas para os dias: 29/10, 10, 12, 24 e 26/11, 08 e 10/12, com a Professora Ms. Josely Muniz.

Leitura e atividades dos textos enviados para o e-mail pessoal:

1. FREIRE, Paulo. Ação Cultural para a Liberdade e outros escritos. Pausa para pensar: considerações em torno do ato de estudar.

- Leitura do texto de Freire e esquematização individual de todas as posturas que o autor discute. Essas observações irão formar o painel integrado que será confeccionado no dia da aula.

2. SANTOS, Boaventura. Um discurso sobre as ciências.

- Leitura para trabalho em sala.

3. Tópicos da ABNT.

- Leitura para trabalho em sala. Levar no dia da 1ª aula: sinopses de alguns filmes e livros.


Forte abraço,
Aline Nepomuceno, Maria da Soledade e Renilda Assis.

Retorno


Olá pessoal!!! Passamos um bom tempo sem postar os acontecimentos que norteiam nossa construção e ação psicopedagogica, mas voltamos para tecermos nossas atuações. Mais uma vez, bem vindos!!!

Aline Nepomuceno, Maria da Soledade e Renilda Assis.

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Comentários Pessoais sobre o Projeto
















Tomei a liberdade de falar de forma particular sobre o Projeto pois após terminado o mesmo foi apresentado e executado na escola em que trabalho e foi um sucesso!!!
O que entendo ou apresento como sucesso??? A conclusão do Projeto marcada por emocionantes depoimentos e vivências, o envolvimento maciço de todos os professores, funcionarios e alunos e por termos alcançado os objetivos traçados para o mesmo.
Esse Projeto foi pensado, construido e apresentado à Argumento Pós-graduação como forma avaliativa da disciplina de Formação Pessoal e Ética Profissional ministrada pelos professores Amilton Copertino e Camilo de Lelis.
Iniciamos as ações educativas, e, como um Projeto para dar certo precisa ter as expectativas e experiências dos que irão executa-lo, a diretora e os professores contribuiram com as ações a serem desenvolvidas.
A construção dos valores e das relações foram fundamentais para que cada um pudesse se perceber como agente cidadão despertando o interesse para a sua formação e dos outros.
Uma das etapas do projeto foi a arrecadação de alimentos e conseguimos 800 kg, quase uma tonelada, que foram distribuidos pelos proprios alunos, do 6º ao 9º ano, entre as instituições carentes do bairro e adjacências, como abrigo de idosos, creches, instituições religiosas e comunidades carentes especificas.
Esse foi o ponto mais emocionante pois as alunas da 7ª série / 8º ano, foram distribuir em uma das comunidades carentes e voltaram tão comovidas com o que viram que imediatamente manifestaram o espirito de solidariedade trabalhado durante o projeto e incentivaram aos alunos do 6º ao 9º ano a realizarem uma nova remessa de arrecadação para auxiliarmos essas familias.
O resultado foi muito benéfico e no final do ano faremos uma campanha maior, onde trarão roupas, brinquedos e alimentos, para realizarmos o Natal Feliz, intiulado Mutirão de Natal e esperamos continuar ajudando.

Que bom que o que aprendemos na Faculdade não fica só no papel, vai pra escola, pras vidas, pra rua, dá certo e precisamos divulgar.

Faça Acontecer Também....

Forte abraço,

Aline Nepomuceno


- Ficamos felizes em saber que o Projeto foi levado para a escola da Aline e que deu certo, foi uma experiencia única e nossa contribuição sempre será fundamental para a transformação das mentalidades.

Maria da Soledade e Renildes Assis

PROJETO - CIDADANIA - Direitos e Deveres nas Relações Sociais


Argumento Pós-Graduação
Disciplina: Formação Pessoal e Ética Profissional
Professores: Amilton Copertino e Camilo de Lelis
Alunas:
Aline Silveira Nepomuceno de Almeida
Maria da Soledade Vasconcelos Ramos
Renildes Assis Conceição dos Santos



PROJETO SOBRE CIDADANIA
DIREITOS E DEVERES NAS RELAÇÕES SOCIAIS



Salvador
2009


PROJETO:

CIDADANIA – DIREITOS E DEVERES NAS RELAÇÕES SOCIAIS

Público Alvo: Alunos da Educação Infantil ao 9º ano.

Disciplinas Envolvidas: Todas as Disciplinas.

Justificativa:
O objetivo desse projeto é buscar incentivar que a comunidade escolar inicie, retome ou aprofunde ações educativas que levem a formação ética e moral de todos os membros que atuam na Instituição, partindo do pressuposto que esse trabalho é fundamental para a formação da cidadania e construção do pensamento autônomo e crítico das crianças, adolescentes e adultos.

Objetivo Geral:
Iniciar ou aprofundar ações educativas que levem à formação ética e moral de todos os membros que atuam e participam da Escola, levando ao cotidiano, reflexões sobre a ética, seus valores e fundamentos, desenvolvendo ações conjuntas com a comunidade escolar e sociedade local, abordando os seguintes eixos temáticos: Ética – Convivência – Direitos e Deveres – Educação no Trânsito – Solidariedade – Meio Ambiente – Reciclagem.
Trabalhar a construção de relações interpessoais mais democráticas na escola construindo valores socialmente desejáveis, promovendo o envolvimento das famílias e comunidade circunvizinha da escola.

Objetivos Específicos:
• Desenvolver o espírito de solidariedade nos alunos.
• Alertar para a necessidade da educação no trânsito.
• Respeitar as regras para se manter boa convivência, alertando para os seus direitos e deveres.
• Valorizar a natureza despertando para a preservação da mesma.
• Perceber que a reciclagem é um dos meios de preservar o meio ambiente.
• Reconhecer o verdadeiro papel do cidadão na sociedade.
Temas por Turmas:

• Educação Infantil e 1º ano – Minha casa, minha vida, meu mundo.
• 2º e 3º ano – Cidadania, vamos entrar nessa? Direitos e Deveres do cidadão.
• 4º e 5º ano – O cidadão e a educação no trânsito.
• 6º ano A – Ser cidadão solidário.
• 6º ano B – Cidadania na escola.
• 7º ano – Cidadania e o meio ambiente.
• 8º ano – Cidadania e reciclagem.
• 9º ano – O papel do cidadão na sociedade.

Etapas:

• Escolha do tema
• Lançamento do Projeto com os alunos
• Pesquisas
• Confecção do material necessário
• Visitas aos locais abordados nos temas
• Culminância do Projeto

Avaliação:

O Projeto valerá 3,0 pontos, sendo utilizados os seguintes critérios:

• Pesquisa
• Domínio do Conteúdo
• Confecção do Material necessário
• Apresentação
• Presença na Culminância
• 1 Kg de alimento não perecível.



Culminância:
A culminância será realizada na escola com a apresentação das atividades realizadas ao longo do desenvolvimento do projeto. O mesmo será aberto para visitação dos pais e comunidade.


Ações Complementares:

Infantil a 1º ano – Minha casa, minha vida, meu mundo.
Oficinas sobre o tema a ser abordado.

2º e 3º ano – Cidadania, vamos entrar nessa?
Construção de placas e faixas chamando atenção para os direitos e deveres.
Estudo dos artigos sobre direitos e deveres (adaptado á faixa etária)

4º e 5º ano – O cidadão e a educação no trânsito
Trabalho sobre a violência no trânsito
Confecção de materiais sobre o trânsito
Leitura e reflexão de livros sobre o assunto
Sinalização dos semáforos e placas
Construção de uma rodovia
Maquete com os meios de transportes
Entrevista com uma mãe que foi acidentada numa moto
Textos sobre álcool e trânsito
Passeio por meios de transporte terrestre (ônibus e trem) e marítimo
Vídeo sobre acidentes na estrada.

6º ano A – Ser cidadão solidário
Objetivo: Motivar os alunos a desenvolver atitudes solidárias através da realização de uma campanha voltada para a doação de alimentos, materiais de limpeza, brinquedos, roupas, sapatos, etc.
Confecção de panfletos incentivando a fazer doações (distribuição na escola e comunidade).
Confecção de cartazes sobre o tema.
Elaboração de uma historinha em quadrinhos sobre a temática (distribuição na escola).

6º ano B – Cidadania na escola
Objetivo: fazer com que os alunos observem as necessidades encontradas na escola e como lidar com a relação aluno/aluno e aluno/professor.
Desenvolver o espírito cidadão na escola com base nas necessidades encontradas no corpo docente e discente.
Questões a serem trabalhadas: postura na sala de aula, relacionamentos, bulling, preservação do espaço físico.

Cidadania na realização das atividades:
Fazer um levantamento das principais atividades não realizadas, assim como as mais freqüentes justificativas.
Identificar as razões para as notas baixas em determinadas disciplinas.
Identificar os motivos mais freqüentes para as faltas dos alunos ( o levantamento dos dados será feito através de pesquisas aos alunos e entrevistas junto á coordenação).
Os alunos deverão apresentar solução para os problemas levantados.

Cidadania na higiene pessoal:
Mostrar a obrigação na higiene pessoal como: tomar banjo antes de vir para a escola, escovar os dentes, usar desodorante, evitar entrar suado na sala de aula, usar roupas limpas, lavar as mãos ao sair do sanitário.
Mostrar os prejuízos sociais e de saúde provenientes da falta de higiene.

Relacionamento aluno/aluno e aluno/professor:
Entrevistar os alunos da escola com o objetivo de identificar os comportamentos os comportamentos ou atitudes que mais criam dificuldades para os outros.
Entrevista com o coordenador de disciplina, professores, direção e coordenação, para fazer um levantamento da postura do alunado que mais causa dificuldades entre os próprios alunos e para os professores.
Pesquisar também na internet.
Apresentar medidas de solução.

Cidadania, preservação do espaço físico:
Identificar os principais danos aos: moveis da escola, instalações sanitárias, pintura das paredes.
Apontar os prejuízos em longo prazo da falta de preservação dos utensílios, equipamentos, moveis e instalações sanitárias.
Mostrar que preservação é obrigação e não opção.

7º ano – Cidadania e o meio ambiente
Objetivo: Levar o alunado a perceber a importância do seu papel na preservação do meio ambiente.
Questões a serem observadas: preservação da água doce e salgada, aquecimento global, poluição sonora e visual, lixo no lixo, reflorestamento (distribuição de sementes).
Confecção de cartilhas, pesquisas, painéis, distribuição de sementes.
Confecção de cartilhas.
Reflorestamento.
Preservação da água.

8º ano – Cidadania e reciclagem
Elaborar um vídeo com a turma sinalizando aspectos sobre cidadania e reciclagem.
Trazer um palestrante para expor o tema estudado pela turma.
Confeccionar algumas reciclagens e distribuir para a comunidade.
Promover um teatro sobre cidadania.
Confeccionar cartazes com imagens sobre cidadania e reciclagem.
Mostrar os aspectos positivos e negativos do processo de reciclagem.
Realizar uma entrevista – gravada – com um funcionário da Limpurb (Empresa de Limpeza Urbana do Salvador).
Entrevista com os familiares.

9º ano – O papel do cidadão na sociedade
Objetivo: Levar o alunado a perceber as necessidades das comunidades inseridas nos bairros da escola e adjacência.
Questões a serem observadas:
Numero de escolas publicas nos bairros e as series existentes em cada uma delas. Numero de alunos, professores trabalhando, faixa etária atendida, questões sobre violência e evasão escolar.
Numero de postos de saúde, casos mais atendidos nos postos, hospitais, maternidades.
Áreas de lazer nos bairros analisados.
Coleta de lixo, saneamento básico, ruas calçadas.
Policiamento nas ruas, postos, delegacias. As questões que mais são percebidas nesses lugares e um questionamento: Quem normalmente é detido... adulto, criança ou adolescente?
O trabalho da CAASA (Casa de Apoio e Assistência ao Aidético).

Trabalhos a serem desenvolvidos:
Entrevista com moradores, delegado, coordenador de saúde, professores, adolescentes.
Trabalho de entretenimento da CAASA.
Elaboração de painéis sobre o processo desse projeto.
Elaboração de um quadro estatístico mostrando o numero de crianças, adolescentes e adultos estudando hoje em colégios públicos dentro dos bairros analisados.
Criação de poesias e parodias sobre o que tem sido visto nestes bairros.
Criação de um vídeo mostrando a programação realizada na CAASA.

Uma Verdade Incoveniente




Al Gore tenta salvar o Planeta Terra em filme




Al Gore, ex-vice-presidente dos Estados Unidos, é a "estrela" do documentário Uma Verdade Inconveniente (An Inconvenient Truth), em que combate a mudança climática e tenta salvar o Planeta Terra da poluição. A produção, foi eleita pela revista norte-americana Newsweek como o quinto dos 15 filmes imperdíveis do verão.
Uma Verdade Inconveniente mostra que, segundo estudos científicos, a menos que diminuam as emissões de dióxido de carbono (CO2) e outros gases, o aquecimento global causará uma mudança climática que acabará com a vida como a conhecemos. No filme, Al Gore aparece como conferencista e evoca alguns momentos importantes de sua vida, como a morte de sua irmã.
Gore, vice-presidente de Bill Clinton de 1993 a 2001, foi o negociador dos Estados Unidos para o protocolo de Kioto, que fixa uma redução global dos gases de efeito estufa, especialmente do dióxido de carbono. O protocolo, concluído em dezembro de 1997, entrou em vigor em fevereiro de 2005.
O presidente George W. Bush negou-se a ratificar este protocolo, alegando que seu custo é elevado e que China e Índia - os maiores geradores de poluição depois dos EUA - não foram obrigados a aplicá-lo, o mesmo acontecendo com os países pobres.
Segundo Gore, os Estados Unidos, que produzem 25% do total de emissões de gases de efeito estufa, dispõem de capacidade tecnológica e institucional que permitiriam ao país um papel importante na solução do problema. Para o ex-vice-presidente, trata-se de uma questão "ética" e "moral", mais do que política.
"Acho que hoje minha melhor missão é fazer a opinião pública nos Estados Unidos evoluir sobre a questão (ambiental)", afirmou Al Gore. "Só existe um planeta. Todos, democratas e republicanos, vivemos nele", completou.

Futuras Publicações

Textos:
Ética - uma construção coletiva
Um olhar sobre ética e cidadania

Comentários: Uma verdade inconveniente

Projeto: Cidadania

Aline Nepomuceno, Maria da Soledade e Renildes Assis

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Ética: uma construção coletiva (por favor aguardar postagem)

Esse 3º texto foi apresentado por nós. Ele aborda conceitos etimológicos das palavras ética e moral, que constantemente se confundem por serem ações ligadas aos ideais que utilizamos para nortear nossa sociedade.



Valores e Luta Simbólica

O texto de Bourdieu: valores e luta simbólica, foi o 2º texto a ser discutido em sala de aula da turma 10 de psicopedagogia. É um texto interessante pois aborda a violência simbólica e suas implicações na educação.

O francês Pierre Bourdieu (1930-2002) empreendeu uma investigação sociológica do conhecimento que detectou um jogo de dominação e reprodução de valores, que deu o nome de violência simbólica esse conceito foi criado para descrever o processo pelo qual a classe que domina economicamente impõe sua cultura aos dominados. Suas pesquisas exerceram forte influência nos ambientes pedagógicos nas décadas de 1970 e 1980.
Desde então, as teorias de reprodução foram criticadas por exagerar a visão pessimista sobre a escola. Somente na segunda metade do século 20 surgiram questionamentos bem fundamentados sobre a neutralidade da instituição. Até ali a instrução era vista como um meio de elevação cultural mais ou menos à parte das tensões sociais. Ele analisou o funcionamento do sistema escolar francês e concluiu que, em vez de ter uma função transformadora, a escola reproduz e reforça as desigualdades sociais. Quando a criança começa sua aprendizagem formal, segundo os autores, é recebida num ambiente marcado pelo caráter de classe, desde a organização pedagógica até o modo como prepara o futuro dos alunos.
A violência simbólica expressa-se na imposição "legítima" e dissimulada, com a interiorização da cultura dominante, reproduzindo as relações do mundo do trabalho. O dominado não se opõe ao seu opressor, já que não se percebe como vítima deste processo: ao contrário, o oprimido considera a situação natural e inevitável. A Educação, no entanto, está no centro desta discussão.
Tomando, como foco principal, a escola pública brasileira, esta ignora a origem de seus alunos, transmitindo-lhes o "ensino padrão". Bourdie e Passeron explicam este processo pela Ação Pedagógica, que perpetua a violência simbólica através de duas dimensões arbitrárias: o conteúdo da mensagem transmitida e o poder que instaura a relação pedagógica exercido por autoritarismo. A autoridade pedagógica que visasse destruir a violência simbólica destruiria a si própria, pois se trata do poder que legitima a violência simbólica. No Brasil, o conteúdo transmitido nas escolas é aquele que interessa à perpetuação da hegemonia cultural da classe média e alta: a realidade do branco, urbano e bem sucedido é passada como exemplo natural de sucesso; as peculiaridades das culturas regionais são transmitidas a título de curiosidade; quanto às culturas do índio e do negro, indissociáveis do que poderíamos chamar de cultura brasileira, são transmitidas como algo à parte da cultura dominante, tornando-nos alienados quanto à sua presença no nosso cotidiano. Alguns educadores defendem que, para superar esta desigualdade a criança deveria aprender a linguagem dominante. Este pensamento vai à contramão do que foi exposto anteriormente. Deste modo, o educador desconsidera o exercício adicional que a criança é obrigada a fazer ao se defrontar com o dialeto de prestígio e como isto implica no seu fracasso escolar. O fato torna-se preocupante na medida em que esta é uma opinião de quem tem conhecimento do processo de violência simbólica, mas não percebe que, ao negá-lo, está justamente aplicando-o.
Ao debatermos sobre a violência simbólica e suas implicações na educação, temos a sensação de que é um processo irreversível e de que nada podemos fazer em relação a isto. Porém o fato de saber que somos, ao mesmo tempo, agentes e vítimas deste tipo de violência é o primeiro passo para começarmos a combatê-la.


Aline Nepomuceno, Maria da Soledade e Renildes Assis.

Ética e Alteridade

Como prometido segue o comentário sobre o 1º texto discutido em sala: ética e alteridade, de Lévinas. Espero que possamos contribuir para esclarecimentos.



O texto tem como objetivo principal abordar a educação desde a perspectiva ética da alteridade em Emmanuel Levinas. Inicialmente mostra que a filosofia moderna, ao instituir o “Eu” como a unidade integradora do sentido e da representação, afirma o princípio da subjetividade como base da edificação do sujeito soberano. Descartes e Kant são apresentados como os pensadores que definem o princípio da subjetividade como fundamento da verdade filosófica. Com as críticas dirigidas à subjetividade por alguns filósofos “mestres da suspeita” como Nietzsche, Freud, Heidegger, Foucault, entram em crise os fundamentos da filosofia moderna. No contexto dessa crise, o pensamento de Levinas desponta como alternativa para pensar a racionalidade desde a perspectiva ética das relações. Com esse propósito, reconstrói a subjetividade não mais a partir da centralidade do Eu, mas a partir da alteridade do Outro, invertendo os termos da relação. No contexto da educação, este trabalho mantém a atenção ao processo de reconstrução da subjetividade operado por Levinas, destacando a transmutação por que passa a sensibilidade na sua definição enquanto gozo ferido e vulnerabilidade. Ele reconstrói a subjetividade como acolhimento e responsabilidade pelo Outro. Em outro momento discute a idéia do infinito como chave de leitura para a compreensão da relação ética com a alteridade, e apresenta a ética como filosofia primeira, descrita nos termos da relação face a face com o Outro. Aqui, a educação é pensada desde a sua relação de proximidade com a alteridade, e descrita como acontecimento ético, hospitalidade, diálogo, responsabilidade e redescrição ética. Destaca-se, por fim, que a aproximação do pensamento de Levinas com a educação, inicia um novo modo de pensar a relação com o Outro na experiência educativa para além da assimilação e primazia do Mesmo.



Aline Nepomuceno, Maria da Soledade e Renildes Assis.

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Próximas postagens!!!

Prezados Amigos,

Nossas próximas postagens abordarão os textos que serviram de base inicial para as discussões em sala das equipes da turma 10 de psicopedagogia clínica e escolar.

Aguardem!!!

Texto: Virtudes Básicas Profissionais

São aquelas indispensáveis sem as quais não se consegue a realização de um exercício ético competente, seja qual for a natureza do serviço prestado.
O valor ético das virtudes é muito importante. Algumas Virtudes Importantíssimas na execução da tarefa profissional: zelo, diligência, honestidade, sigilo e competência.
A responsabilidade também é um fator primordial, uma vez que, mesmo após concluido um trabalho, a responsabilidade sobre ele perdura.

Pense nisso!!!

Textos básicos de ética: de Platão a Foucault

A ética diz respeito as normas e regras de convivência que tendem a conduzir uma sociedade pontuando questões aceitáveis ou não. As experiências do cotidiano, a reflexão dos valores que adotamos, as decisões e responsabilidades sistematizam os principios de orientação para todos os aspectos de nossa vida.
Do grego - ethos - ética define-se como um conjunto de costumes, hábitos e valores de uma determinada sociedade ou cultura. Por isso mesmo, ao falar de ética, precisa-se ter em mente que a distinção entre certo e errado é cultural, ou seja, pode variar de uma sociedade para outra a depender dos costumes sociais de cada uma.

A discussão do texto remete-nos ainda para a observância de que vivemos uma crise ética.
Você concorda com o autor? Por quê?

Texto: A Filosofia do Jeitinho Brasileiro

Esse talvez seja o texto que gerou mais discussão no grupo por sua ligação direta com o nosso famoso jeito de ser. O modo de agir, a ética solidária afetiva, a resistência da mentalidade pagã, a concepção de igualdade impessoal, a forma de burlar as situações, entre outros aspectos sustentaram um debate interessante sobre esse envolvimento cultural popular. outro fator abodado foi a forma como a m´dia tem tratado o jeitnho brasileiro, mostrando-o como uma falha no processo de modernização e causa das mazelas do país.

Você concorda???
Esperamos o seu comentário.

Aline Nepomuceno, Renildes Assis e Maria da Soledade

Texto: Professor escreve-se com "P" de Político.

Após a leitura do texto de José Paulo Serralheiro chegamos a conclusão de que, de fato, as velhas práticas profissionais, já desgastadas, reduzem o desempenho profissional a meras formalidades técnicas, nas palavras do autor "é contribuir para a degradação do nosso já pobre sistema educativo e da profissão". Não há também condições de se responsabilizar a escola e os professores como os problemáticos da situação. Esse é um discurso pobre. Uma coisa é comparar a escola como agente libertador e passificador, outra é afirmar que só a educação escolar é capaz de reestruturar os problemas sociais, como a pobreza e a exclusão, isso é retirar a parte de responsabilidade dos demais envolvidos na melhoria das condições sociais.


Aline Nepomuceno, Renildes Assis e Maria da Soledade

Atualizem-se!!!

Meninas, aproveitem para atualizar sua vida acadêmica em relação as avaliações quantitativas da disciplina. Esperamos os comentários para iniciarmos nossa discussão extra classe.

Atenciosamente,
Aline Nepomuceno, Renildes e Maria da Soledade.
Psicopedagogia

Avaliação quantitativa da disciplina

Atenção para o roteiro de avaliação da disciplina Formação Pessoal e Éica Profisional.
Professores: Amilton Copertino e Camilo Lelis.

1º - Seminário (10,0)

2º - Construção do blog (10,0)

3º - 1. Auto-reflexão sobre o papel, enquanto pessoa e cidadão, na construção de uma existência ética. Verifique se sua prática de vida está de acordo com o seu discurso.
2. Prática - desenvolver um projeto que vislumbre atividades e estratégias reflexivas que levem a uma mudança de atitude / comportamento diante do outro.
(10,0)